Obras de Misericórdia Espirituais


Perdoar

Perdoar as injustiças de boa vontade


O perdão é uma exigência do Evangelho e uma condição para entrar no Reino. Jesus nos dá essa lição ao ensinar a oração do Pai Nosso: “Se perdoardes aos homens as suas ofensas, vosso Pai celeste também vos perdoará. Mas se não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai vos perdoará.” (Mt 6, 14-15). Se nós não perdoamos, impedimos que o perdão de Deus chegue a nós.


São Paulo também nos exorta: “Suportai-vos uns aos outros e perdoai-vos mutuamente toda vez que tiverdes queixas contra os outros. Como o Senhor vos perdoou, assim perdoai também vós” (Col 3, 13).


Pedir perdão a Deus é fácil, mas conceder o perdão aos outros na maioria das vezes é difícil. Agimos como o servo mau que foi perdoado no muito que devia e não soube perdoar seu próximo no pouco que lhe era devido (Mt 18, 23-35).


Perdoar de coração deveria nos levar a esquecer toda injustiça sofrida, mas nem sempre conseguimos. E nem sempre voltamos a um relacionamento normal com a pessoa perdoada. Isso não deve nos impedir de, à luz do Espírito Santo, exercitar e aprimorar o perdão. Pois nem sempre e na maioria das vezes um ato de vontade pode eliminar uma lembrança. No diálogo com Pedro, Nosso Senhor Jesus ensina que devemos perdoar sempre e sem limites (Mt 18, 21-22). Negar o perdão nos leva a um ato de injustiça com Deus, conosco e com os irmãos.