Acreditar na ressurreição da carne e na vida eterna faz parte da oração que expressa a nossa fé.

No Livro de Tobias, lemos que Tobit tinha um cuidado especial em sepultar os mortos e os que haviam sido assassinados (Tb 1, 20).

O Catecismo da Igreja Católica ensina: "Os corpos dos defuntos devem ser tratados com respeito e caridade, na fé e na esperança da ressurreição. O sepultamento dos mortos é uma obra de misericórdia corporal que honra os filhos de Deus, templos do Espírito Santo" (CIC § 2300).

Cada pessoa é templo do Espírito Santo e, mesmo depois de morta, seu corpo merece respeito.

A Igreja permite a cremação do corpo, desde que não seja um gesto de oposição à fé na ressurreição dos mortos (CIC § 2301). A doação gratuita de órgãos não é um desrespeito ao corpo quando desejada pela própria pessoa; é uma prática legítima, incentivada pela Igreja como meritória.

Creio firmemente que o velório, ou a vigília do corpo, é muito válido, importante e edificante, tanto para o morto quanto para os familiares.

Para o falecido, pelas orações feitas em seu favor; para os familiares, pela oportunidade de perdão, conversão e reflexão. Sobre isso, aprenderemos mais nas obras espirituais. Elas são: instruir, aconselhar, consolar, confortar, perdoar, suportar com paciência e rezar pelos mortos (esta última é um item apresentado no capítulo IV do catecismo de São Pio X).